Quanto mais o homem aprofunda sua
pesquisa sobre a existência, mais perguntas surgem. O universo, visto no
passado como a única fronteira possível, já não contém tudo o que existe. O
olhar já está ultrapassando suas paredes. O cientistas estão loucos para
explorar os mistérios que se escondem depois da luz. Há milhões de teorias, teses
e ideias (no mais das vezes sem comprovações) sobre a vida e a morte dos
homens, dos planetas e dos sistemas. As viagens vão se tornando maiores e, com
isso, as perguntas, contrariando o que se imaginava, ao invés de receberem
respostas concretas e acabadas vão se tornando mais complexas e inalcançáveis.
Alguém
que esteja lendo isto tudo pode estar pensando: que se quer abordando estas
coisas assim tão distantes? Para que esforço mental tamanho se há coisinhas
menores e mais preocupantes nestes tempos de crise econômica e moral?
Com razão lembrará que existem questões muito mais prementes a serem
tratadas nas páginas de um jornal como, por exemplo, os casos de corrupção que
envolvem numa mesma lama esquerdistas, centristas e direitistas. Todos com um
único pensamento: garantir o poder, o conforto seu e das gerações que os
seguirão.
Há
outros assuntos tão palpitantes, é verdade. A qualidade dos alimentos que
levamos à boca. O sofrimento dos animais que servem de alimento, de cobaia de
laboratório para desenvolvimento de medicamentos etc etc etc. As manipulações
genéticas que transformam singelos vegetais em bombas de efeitos incalculáveis,
desconhecidos e convenientemente esquecidos pela mídia, regiamente financiada
pela indústria alimentícia. Enfim, não precisamos de tanto esforço assim para
elencar três ou quatro questões importantes, sem solução e altamente
preocupantes. Isto que nem tocamos na questão dos recursos naturais que antes
pareciam inesgotáveis, mas hoje se revelam passíveis de esgotamento.
Talvez
a espécie humana não viva tanto para encontrar todas as respostas. Há quem
aposte que o homem, como os animais que vão se tornando raros e depois desaparecem,
é mais um que entrará, mais dia menos dia, num processo de extinção. Ou seja,
há teorias que dizem que o homem não é o suprassumo do universo. Não é,como se
diz vulgarmente, a última bolachinha do pacote. É, isto sim, mais um entre
tantas espécies de vida que existem por aí. Muitas delas invisíveis aos olhos
humanos.
Mas, e o universo? E as questões
transcendentais? E futuro da espécie? E as dimensões paralelas? E o multiverso? Conseguirá o homem encontrar
respostas plausíveis para as intrincadas questões? Ou permanecerão mistérios
insondáveis para todo o sempre?
Veremos.
Ou não!
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