As campanhas eleitorais não estão
nas ruas. Há candidatos que ainda vão desistir da maratona. Analisarão o tempo
de exposição na televisão, os números colhidos nas pesquisas de opinião
pública, a rejeição entre os eleitores e a viabilidade de ajudarem na
constituição de bancadas regionais no Congresso, entre outras coisas. Sem
contar nas costuras com partidos que, oportunamente, jogarão no lixo seus
programas (se é que os têm) por uma promessa de cargos e de arranjos outros tão
comuns na vida política brasileira há algum tempo.
Apesar disso, os times estão
trabalhando. Senhoras e senhores craques na construção de personagens mais
aceitáveis aos olhos, aos ouvidos e aos dedos dos eleitores encontram-se neste
exato momento estudando estratégias para tornar o candidato em um ser
apresentável e com reais chances de chegar à vitória. Terão pouco tempo para
impor mudanças no gestual, na linguagem e na postura dos candidatos. Ainda
comporão um exército virtual fortemente armado para bater palmas para o seu
santo enquanto detona o santo dos outros. Maledicência, boatos, xingamentos,
coisas comuns desde sempre, ganham uma força extra com as conexões virtuais
russas que bombam candidatos e influenciam sobremaneira no processo eleitoral.
Foi assim com Trump. Certamente será assim também por aqui.
Pela força do marketing,
candidato ditador vira democrata, falastrão vira intelectual e preconceituoso
vira gente nossa. A eleição será um Gre-Nal, um Fla-Flu. O bem contra ao mal,
Deus contra o diabo. Quem poderá nos salvar?
Eleição já foi festa democrática.
Pelo andar da carruagem poderá ser uma tortura. Oremos!
Camisa amarela- Dentro de alguns dias, a bola rola nos gramados
russos. Copa do Mundo: mais uma. A camisa amarela, que serviu de uniforme para
aqueles que acabaram com a corrupção no Brasil, terá, com certeza, menos
torcida por aqui. A pátria de chuteiras foi para o beleléu. Sobrará o
espetáculo futebolístico. Esse, despido dos acordos, das falcatruas dos
dirigentes e da corrupção que está em todos os setores, pode garantir algum
engajamento. Como o show não pode parar: bola para frente, de preferência no
ataque porque jogar na defesa é para os fracos.
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