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Opinar é
bom. É necessário. É fundamental, especialmente no processo
democrático. Opinar sempre, independentemente do assunto torna-se
cansativo. Perde a graça. Causa incômodo.
Nos dias
de hoje, vive-se o império da manifestação. Nas redes sociais,
então, não há limites. Compartilhe algo e chove manifestações
questionando quais seriam as tuas intenções, criticando por isso e
por aquilo. Se alguma ação do governo local é curtida, em segundos
os guerrilheiros do outro lado crivam de comentários negativos.
Ressalte qualquer aspecto da vida nacional e os críticos de plantão
vão derrubar seus barris de ódio ao PT, à Dilma, ao Tarso e a
qualquer um que possa ser criticado, mesmo que não tenha nada a ver
com a história.
Está
ocorrendo na internet aquilo que nós gaúchos estamos carecas de
conhecer: a regionalização. Se alguém comenta uma vitória de seu
time, algo banal, comum, corriqueiro e, muitas vezes despretensioso,
acaba mexendo com uma galera radical que não sabe levar na
esportiva. Alguns mostram os dentes ameaçadoramente, destilando ódio
por todos os poros, babando pelos cantos da boca como os lobos
enfurecidos. Homofobia, racismo, xingamentos diversos, expressões
chulas, tudo sem muita medida, coisas desnecessárias poluindo aquilo
que deveria ser uma ferramenta de diversão, de entretenimento, um
reles passatempo.