O programa iniciava às 14h. Música, informação e participação do ouvinte. No meio de tudo isso "saiba como será seu dia de amanhã, com as previsões de seu signo". O horóscopo era algo importante, tanto que Zora Yonara e Omar Cardoso tinham espaços generosos no jornal, no rádio e na tevê. No meu caso havia, no entanto, um problema. Naqueles tempos não se conseguia horóscopo para o ano todo. Restavam, porém, duas alternativas: gravar a previsão transmitida por uma rádio de Porto Alegre e depois lê-la, ou, a mais fácil, criar previsões fresquinhas para todos.
Não preciso dizer que a segunda alternativa era a mais tentadora, mais fácil e mais aplicável ao caso em concreto. Assim, os ouvintes do meu primeiro programa de rádio, lá no começo da década de 80, passaram a receber as previsões que eu mesmo fazia. "Leão - seja mais cuidadoso, invista parte dos seus rendimentos. Nunca se sabe o dia de amanhã. O período é favorável para conhecer novas pessoas", lia com voz empostada.