11/10/2012

Vencedores e vencidos

Em todo o país, grupos se uniram para a manutenção ou a busca pelo poder. Arregimentaram forças, recursos financeiros, argumentos e planos. Os boatos se misturaram aos fatos. Atacaram e rebateram. Forças antagônicas na mesma mesa. Acertos naturais ou estapafúrdios. Vasculharam papéis na busca das provas, buscaram aqui e ali algum indício incriminador. Os corvos buscaram socializar o podre. Em todos os cantos, a história ousa se repetir.
Uma providencial pesquisa, que beneficia o candidato patrocinador, faz parte do contexto. Inevitavelmente o estudo mostra a todos o pagante em primeiro, secundado pelo adversário. Uma diferença abissal entre eles. A única certeza é de que alguém está errado. 
No pleito de domingo, no entanto, os pesquisadores – pelo menos neste pedaço de chão -, enganaram a todos. A larga vantagem de votos para o candidato A ou para o B, como apontavam os levantamentos por eles pagos, não apareceu. Os números, fartamente divulgados nas redes sociais, foram muito diversos daqueles apresentados nas urnas.
Na véspera da eleição, o comentário na Feira do Produtor é de que a candidatura da oposição levava larga vantagem. Algo em torno de 3 mil votos sobre o outro candidato. Já no dia do pleito corria de boca em boca de que a mesma vantagem seria imposta pelo candidato da situação sobre o seu desafiante. O que se viu depois é que os números de lado a lado foram se aproximando de tal forma que desmentiram e desautorizaram de maneira definitiva o trabalho dos pesquisadores. 
E isto não ocorreu só em Osório. Em outras cidades do Litoral Norte o panorama foi o mesmo. Muitos adormeceram sobre números vitoriosos e acordaram de sobressalto com votos a  menos do que contavam.
De qualquer modo, aqui na nessa Terra dos Bons Ventos nunca se viu eleições como essa. Além do ineditismo dos candidatos, que não fazem parte do eixo tradicional das lideranças políticas que dominam a história recente da política municipal, nunca se registrou tanto empenho de lado a lado. Baixarias aqui e ali, lembrarão alguns leitores! Gritos e pontapés q eu não representam a maioria, pensarão outros. Certo é que de lado a lado muito empenho houve. 
Neste processo é inevitável que existam vencedores e vencidos. Porém, ninguém é mais do que ninguém. O derrotado de hoje poderá vencer ali na frente. E a história continua. Aliás, derrota não é uma palavra que represente bem o candidato preterido numa eleição. No jogo democrático vencem todos aqueles que participam, que lutam, que tentam, que votam com consciência. Os perdedores são aqueles que vendem seus votos e todos aqueles que os compram.  

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