A mentira tem pernas curtas, diz
o surrado e certeiro ditado popular. Por mais que ela consiga viver algum tempo
ostentando a sublime aparência de verdade, não adianta: mais dia, menos dia ela desaba. E aí, azar de
quem a pariu.
Por
aqui, onde há palmeiras em profusão onde os sabiás cantam, somos levados a crer
que a mentira é uma instituição nacional. Até certo ponto pode-se dizer que é
correto. A mentira anda para cima e para baixo. Vai de Norte a Sul, de Sul a
Norte neste reino verde e amarelo, fazendo estágios prolongados pelo Planalto
Central, tornando aquele ponto quase como sua morada preferida.
Mas,
a bem da verdade, não podemos desconhecer que a danada da mentira é, isso sim,
uma instituição internacional. Ela está no meio dos mais pobres, mas também
anda de mãos dadas pelos mais altos escalões. E não é capaz de distinguir o
público e o privado.