"Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça".
Sabe aquela
novela que praticamente mudou a forma de contar um folhetim televisivo? Não
assisti! Aquela outra que apresentou a favela, com seus pequenos e grandes
dramas, fugindo dos apartamentos bem decorados da zona sul carioca? Pois é,
também não assisti! Não é brincadeira, não. Creio, mesmo, que meu currículo
está recheado de algumas dezenas de novelas não vistas. Talvez possa esteja
atingindo à marca de uma centena. Afinal, são algumas décadas afastado das
lides novelescas.
Apesar
desta aparente aversão, não tenho preconceito. Só não vejo. Não vejo porque não
gosto da linguagem. Aproveito o tempo para ler alguma coisa, ver algum outro
tipo de programa, documentário ou mesmo algo totalmente lúdico nos canais de
tevê por assinatura. Porém, quando ainda assistia com alguma regularidade à
programação dos canais abertos, cheguei a ver uma campanha publicitária de
lançamento de um destes folhetins onde uma personagem dizia que só seria feliz
quando juntasse seu primeiro milhão. Não sei o nome da novela, muito menos os
nomes dos personagens. Mas, posso garantir que a moça não encontrou a
felicidade na marca do primeiro milhão. Se é que juntou alguma coisa, é certo
que a meta foi se movendo cada vez mais para frente e a sua felicidade, assim,
foi sendo adiada.
A
busca da felicidade está na berlinda. Místicos, pensadores, escritores e
filósofos têm se debruçado mais e mais sobre a caminhada humana em direção a
este alvo móvel e escorregadio. Onde se encontra esta tal felicidade? Como se
chega até ela? Quem chega até ela?
Meu
amigo Jerri Almeida (foto acima), professor, palestrante e escritor, não foge da raia e
enfrenta o desafio. Está lançando seu novo livro Felicidade em tempos de crise.
A obra tem a chancela da Livraria e Editora Francisco Spinelli, da Federação
Espírita do Rio Grande do Sul, destacando-se pelo cuidado editorial. Não é um
livro religioso, moralista. Apresenta isto sim, uma interessante abordagem
destacando os aspectos filosóficos, científicos, sociológicos e espirituais sobre
a caminhada humana e seu constante anseio por atingir o estado de felicidade. Não
é pouca coisa. Daria muito mais do que uma novela. Dezenas delas, talvez.