Tsu Chu, jogo de bola chinês: espécie de futebol primitivo |
O esporte é uma fantasia. É
entretenimento. É diversão. Não é tão sério assim. Um jogo é só um jogo. Nada
mais. Seja vôlei, basquete, tênis de mesa, salto em distância, salto com vara,
beisebol, handebol. Não interessa onde tenha surgido. O esporte é uma fantasia
humana. Dispensável para quem não está no meio, para quem não entende as
regras, para quem está preocupado com outras coisas. É certo que há coisas bem mais importantes do
que um sujeito correndo atrás de uma bola ou conduzindo uma bola quicando pelo
chão e se livrando da marcação de outros grandalhões para arremessá-la num
cesto.
Quem
assim pensa pode estar enganado. Se precisar de uma prova, pergunte para um
amante do basquete o que ele acha das disputas acirradas por uma bola, por um
arremesso, por um cesta. É uma idiotia todo aquele esforço? Não tem coisa mais
importante para fazer? Pergunte para um amante de corrida qual a emoção de
assistir uma maratona. Que graça tem um monte de gente correndo e suando para
chegar à frente? Tudo por uma medalha?
O futebol não
foge à regra. São bilhões de pessoas em todo o planeta que se deliciam com um
jogo aparentemente simples onde vinte e dois indivíduos correm de modo
organizado ou não para marcar ou evitar um gol.
Claro, hoje todos os esportes são ao mesmo tempo diversão e negócio. Há
canais de televisão que transmitem tudo. Nos tempos em que o senso comum
permitia, havia até competição de lançamento de anões. E havia gente que
apostava nisso. O politicamente correto, que às vezes leva a exageros, neste
caso foi importante e baniu este tipo de joguinho que avilta o indivíduo.Outra coisa é
o uso político que se faz do esporte. Ou a corrupção que envolve federações,
confederações, detentores de direitos e dirigentes esportivos. Mas, isso não é
culpa do torcedor e nem dos atletas, preparadores físicos, fisioterapeutas,
médicos, nutricionistas, fisiologistas, roupeiros, massagistas e uma turma
enorme que lida diariamente para criar condições para que os envolvidos mostrem
seu talento.
No fundo a essência
do futebol é infantil. Uma guerra infantil. Um jogo como tantos outros. Simples
na forma e complexo quando envolve alto rendimento e cifras extraordinárias. Um
jogo de futebol é uma obra coletiva. É guerra, é brincadeira, é coisa séria, é
negócio. Mas, é zoação também. Uma
flauta no adversário que perdeu feio e foi eliminado da competição é coisa
normal. Desde que a recíproca possa ser verdadeira.
O futebol como
esporte é belo. É divertido. Concordo que quando envolve muitas variáveis,
muitos interesses, vai perdendo um pouco do brilho. Mas, o olho de quem está na
planície, em regra, não é capaz de enxergar o que ocorre longe dos gramados.
Pudessem os torcedores vivenciar os bastidores do futebol (e de outros
esportes) menos graça haveria em sentar à frente da televisão para apreciar um
joguinho desses da Copa do Mundo.
A ignorância,
neste caso, contribui para que a ilusão seja plena. Como tudo, aliás. Quem sabe
se torna mais exigente. E quanto maior a exigência maior possibilidade de
desencanto.
Leia mais sobre a origem do futebol:
Nenhum comentário:
Postar um comentário