Sentado
na calçada em frente de casa, embaixo de uma árvore antiga e de
saúde mediana, escondendo-se do sol que rachava naquela hora,
lembrou que o pai do seu pai tinha resposta para tudo. Era decidido o
velho. Não deixava assertiva sem uma resposta. Seu pai, do mesmo
jeito, cresceu tendo respostas. Parecia uma marca familiar. Todos
tinham muitas certezas e raras dúvidas.
Eis
que, buscando lá no fundo da caixinha das memórias, se viu ainda
pequeno imitando o avô e o pai. Queria ter respostas para tudo o que
causava estranheza no pequeno mundo recém percebido pelos seus olhos
ainda tão jovens.