Nem mesmo o saudável hábito de compartilhar o chimarrão tem escapado do temor da Gripe A que assola a Região Sul do Brasil. O medo do contágio talvez venha contribuindo para o desenvolvimento do hábito do mate solitário.
O pânico da Gripe
Verdadeiro pânico tem causado estas insistentes notícias sobre a incidência da Gripe A no Estado. Famílias vivem em prontidão na busca da vacina. O locutor do rádio diz que as clínicas não mais anunciam a chegada de novas doses. Evitam com isso o tumulto, a correria e o desespero das pessoas, dispostas a buscar a imunidade contra a enfermidade que tem ceifado vidas no Estado, em Santa Catarina e no Paraná.
O pânico da Gripe
Verdadeiro pânico tem causado estas insistentes notícias sobre a incidência da Gripe A no Estado. Famílias vivem em prontidão na busca da vacina. O locutor do rádio diz que as clínicas não mais anunciam a chegada de novas doses. Evitam com isso o tumulto, a correria e o desespero das pessoas, dispostas a buscar a imunidade contra a enfermidade que tem ceifado vidas no Estado, em Santa Catarina e no Paraná.
É a repetição do quadro que se estabeleceu há alguns anos com maior ou menor intensidade. As autoridades da saúde também estão de prontidão. Na tevê, alguns apresentadores, useiros em encontrar os culpados e denunciá-los à opinião pública como se justiceiros fossem, utilizam seus espaços denunciando os desmandos, o despreparo, a imprevidência deste ou daquele órgão. A assistência mais se apavora.
Com a incidência cada vez maior da Gripe A (que um dia foi chamada de gripe suína), alguns hábitos vão se modificando. O aperto de mãos, o singelo cumprimento afetuoso ou protocolar, já enfrenta certa resistência. O uso intensivo do álcool para a limpeza das mãos volta a se intensificar nas repartições públicas.
Outro hábito, tão arraigado entre os gaúchos, o de matear, também vem sofrendo alguns revezes. Como os especialistas apregoam, é indispensável para que o vírus H1N1 não circule evitar compartilhar utensílios como garfos, facas e colheres, além de outros objetos de uso pessoal. A bomba de chimarrão, símbolo da hospitalidade gaúcha, da partilha e da cumplicidade está incluída neste impedimento. A um gaúcho dói na alma agradecer um mate.
Quando esta gripe mostrou a cara, há alguns invernos, a escola das crianças levou um médico para esclarecer a situação. Disse ele que morrem milhares de gaúchos de gripe comum durante cada estação de frio. No entanto, os casos não ganham notoriedade. Os vírus causadores das gripes (são milhares) estão em constante mutação. Vão, ao longo do tempo, se adaptando e se modificando. Capazes de matar alguém aqui, são insuficientes para derrubar outro ali na frente.
Necessário que se tomem os devidos cuidados. O pânico, o temor em excesso, no entanto, são prejudiciais. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, já dizia a vovó. Informação, vigilância e cuidado da mesma forma.
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