"Faz anos uma rede de tevê juntou especialistas para dar um rosto mais verdadeiro ao Mestre Jesus. O que saiu foi algo muito diferente das imagens costumeiras".
Luzes
de Natal - Com salários parcelados e sem o décimo terceiro
pingando nas contas bancárias, boa parte do funcionalismo público gaúcho vai se
acostumando à mudança de hábitos. Como a economia é a uma estrada de muitas
vias, o dinheiro que falta na conta do servidor público vai faltar ao comércio,
que pagará menos impostos repassando menos recursos para o Estado. E o círculo
não se fecha para por aí. Faltando recursos furam os orçamentos. Com isso,
saúde, educação, segurança e outros serviços, que já são capengas há décadas,
vão decaindo ainda mais. Ano que vem, fortes refletores voltam a iluminar os
candidatos a governador para garantir boa imagem no horário eleitoral.
Certamente, não faltará alguém que exporá números e mais números e dirá que
resolveu a crise financeira que abateu sobre o Estado. Juro que não vou rir.
Cantor - A celeuma da semana, pelo menos no mundo virtual, é a escolha do melhor cantor do país. Comentário e mais comentários na rede sobre o talento ou falta de talento do cantor eleito. O ponto principal é a questão de sexualidade. Um dos argumentos levantados é uma comparação com Freddy Mercury. Sabe-se que o antigo cantor do Queen era homossexual. E isto, na verdade, é irrelevante. Seu talento não se media por aí. Não era um panfleto. Era um intérprete. Um intérprete excepcional. Aqui na Terra Brasílis, Ney Matogrosso, no distante ano de 1973, fez coisa melhor. A lista dos melhores do ano é sempre uma imposição. São interesses e mais interesse por trás disso. Se pensarmos bem estas premiações pouca coisa agregam.
Papai Noel – Já tinha ocorrido nos EUA, agora foi aqui no Brasil. Um shopping center paulista inovou neste ano. Seu papai noel é negro. Isto, segundo consta, teria gerado certa controvérsia. Alguns pais teriam chegado às raias da indignação diante da interpretação inovadora do marketing do estabelecimento comercial. “Onde já se viu papai noel negro? Todas sabem que é branco!”, teria afirmado alguém na rede social. É de rir. Se não estou desinformado papai noel não existe. É, isto sim, uma representação, uma criação mercadológica que pode ser modificada ao longo do tempo visando gerar mais impacto e atrair mais clientes.
Jesus de Nazaré - A própria imagem de Jesus de Nazaré, que aparece nos livros, nos painéis da igrejas, em pinturas e nas esculturas, sofre um processo de branqueamento. Faz anos uma rede de tevê juntou especialistas para dar um rosto mais verdadeiro ao Mestre Jesus. O que saiu foi algo muito diferente das imagens costumeiras. Sua pele era mais escura, seus cabelos eram menos esvoaçantes e seu nariz nem tão fino. Enfim, era outro homem. Porém, como marketing é tudo e não é coisa nova, aí também imperou o desejo em agradar mais pessoas. E Jesus virou loiro, cabelos compridos e olhos azuis, nariz fino e boa estatura. Não é do hoje que muitos pensam que imagem é tudo!
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