VIDA NOVA- Ano novo vida nova: diz uma surrada expressão otimista,
hoje um tanto quanto sem uso. Talvez para um que outro coincida o avanço do
calendário com a fase de transformação da existência. Pensando bem, que bom
seria que num passe de mágica as transformações necessárias ocorressem com a
simples mudança do ano. A magia, no entanto, não ocorre assim num flash. No
processo natural, é necessário tempo de maturação para que as coisas se
consolidem.
Porém, para quem está necessitado
de uma quinada na existência, o clichê bem que pode funcionar como uma mola.
Mas, cuidado: até uma mola cansa.
PRESENTE - O presidente mais
rejeitado de todos foi para a cadeia dar o seu recado. Diga-se com todas as
letras: o presidente mais rejeitados de todos foi para a cadeia de rádio e
televisão, na véspera de Natal, dar o seu recado à nação. Estava ouvindo no
rádio do carro e pude ouvir uma ou duas frases. Depois disso, passei para a
playlist do pendrive porque ninguém é de ferro, a chuva era torrencial e não
convinha que me distraísse entre risos e indignações.
FESTA À FANTASIA - Mesmo que
tenha ouvido meia dúzia de palavras, posso, sem medo de errar, afirmar que durante seu pronunciamento o
presidente ressaltou as qualidades do
seu governo na luta constante no enfrentamento dos grandes problemas da nação.
É certo que apresentou números e estatísticas confiáveis que mostram que o país
vai se distanciando da crise e que, superados estes tempos de desafios, ao
final e ao cabo o Brasil vai avançando de maneira muito firme na conquista de
seu lugar como uma nação livre e forte.
Depois disso, o jornal chapa
branca do país deve ter editado as frases mais fortes e reforçado todo o
empenho do governo em fazer o trem andar. Não estivesse o preço da gasolina nas
alturas, o desemprego batendo taxas históricas, as alterações na legislação
trabalhista transformado trabalhadores em escravos, teríamos motivos para rir.
O PMDB, partido do presidente,
mudou. Agora é MDB. Mudou a fantasia. A cara velha e deslavada por baixo da
máscara é a mesma. E segue a festa à fantasia. Ano novo, vida nova? Veremos!
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