John Wayne |
De algum
modo, nos dias de hoje, o bang-bang
prospera. É preciso ter pressa. Resposta retardada nem resposta é. Ou fala
agora ou cala para sempre. A rede social é o cenário desta cultura da
ansiedade. Importa chegar na frente. Surfar na onda do pioneirismo. O jogo nem terminou e já há uma enxurrada de
memes. Chega a ser impressionante. Engraçado, é claro. Mas, surpreendente.
Da mesma
forma, impressiona a maneira com que notícias falsas, hoje chamadas de fake
news, ganham a dianteira e se espalham como fogo em mato seco. Em minutos todo
o mundo está falando de coisas que já numa primeira análise parece ser uma
invencionice, mas, sem base, sem lastro, vai conquistando a atenção dos crédulos,
dos pouco esclarecidos e daqueles que compartilham por impulso qualquer bobagem
que aparece.
Alguns vão
pensar: isso não é um problema. O mundo tem coisas demais para se preocupar. Um
boato aqui outro acolá não fará mal a ninguém. O pior é que informação falsa
causa problema sim. Gera desentendimentos, cria sentimentos de angústia e,
muitas vezes, aduba sobremaneira o ódio.
O engenheiro
que criou o Orkut, o turco Orkut Büyükkökten, considera
preocupante este fenômeno da artilharia de
notícias falsas e dos boatos que ganham vida nas redes diariamente. Ele adverte sobre a
falta de empenho dos comandantes destas redes sociais em investir em pessoas
para eliminar boa parte destas informações que criam um mundo ainda mais falso.
Também lamenta que os processos políticos dos países venham sendo influenciados por estas informações
distorcidas.
Orkut lembra, ainda, que o internauta
que compartilha uma postagem falsa, mesmo que não tenha ciência da falsidade,
tem sim responsabilidade sobre o conteúdo que compartilhou. Nem sempre é
necessário pressa. Às vezes uma pesquisa básica pode evitar constrangimentos.
Disseminar mentiras sempre vai trazer prejuízos. Virtualmente elas trafegam com
mais rapidez. Ganham o mundo em segundos.
Rui Barbosa, jurista
brasileiro renomado, ao analisar a rapidez com que se redigiu o Código Civil
Brasileiro, no início do século passado, cunhou a expressão: a pressa é inimiga
da perfeição. Depois, em discurso na Corte de Haia, emendou que “a pressa é também a mãe do
tumulto e do erro”. Saiba mais:
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Certamente meu nobre cronista. A palavra pública precisa estar sempre vestida recatadamente de responsabilidade.
ResponderExcluirConfunde-se hoje, mestre, sinceridade com falta de responsabilidade. Lamentável. Afinal, nem tudo merece resposta. Às vezes, calar é o melhor negócio.
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