"Mas, há quem consiga viajar para o futuro sem máquinas. Nem
chegam a desafiar as leis da física, pois, na verdade, seus corpos
não saem do lugar em que estão. São os videntes. Enxergam o
futuro. Ao menos assim dizem. Virou moda".
A viagem no tempo é um sonho antigo dos seres humanos. Apesar de ser
algo impossível nos dias atuais, a ficção científica há muito
realiza este exercício. Segundo consta, desde os anos 30 do século
passado já haviam películas propondo uma viagem acidental ou
planejada para o passado ou para o futuro. Porém, dos anos 60 em
diante é que este assunto parecer ter ganhado muita força. A
Máquina do Tempo, baseado no livro de W. G. Wells, foi o primeiro
filme a apresentar um humano usando um dirigível para viajar para um
período previamente estabelecido. Antes disso, era o acaso que
levava os seres até a quarta dimensão.
A temática cresceu nos anos 80. De Volta para o Futuro, dirigido
por Robert Zemeckis e Bob Gale, produzido por Steven Spielberg, tinha
protagonistas simpáticos, um carrinho da hora (um Delorean) e
algumas ideias realmente muito boas. Capacitador de fluxo, gigawatt,
plutônio, fissão nuclear, paradoxo temporal, expressões usadas à
exaustão pelo cientista maluco Dr. Emmett Brown, entraram no
vocabulário de todo o adolescente ou jovem adulto sonhador da época.
As aventuras de Marty MacFly e sua família desajustada, sua
namoradinha Jennifer e o vilão Biff foram sucesso de crítica e de
público.
Ainda assim, até chegar às telas, em 1985, o filme cruzou uma
verdadeira via crucis. Ocorre que nenhum estúdio acreditava na
ideia. Era fofo, era legal. Mas, pouco viável. Até porque, os
primeiros rascunhos previam que a máquina do tempo era uma
geladeira. O amigo do Dr. Brown era um chimpanzé. O sucesso era
improvável. Feitas as modificações, ajustados os detalhes, De
Volta para o futuro virou sinônimo de sonho. Foram três filmes
seguindo o mesmo conceito e alcançando sempre o mesmo sucesso.
Viajar no tempo nunca foi tão fácil. Era ajustar o relógio digital
no Delorean e boa viagem.
Mas, há quem consiga viajar para o futuro sem máquinas. Nem
chegam a desafiar as leis da física, pois, na verdade, seus corpos
não saem do lugar em que estão. São os videntes. Enxergam o
futuro. Ao menos assim dizem. Virou moda.
Às vezes, nossos videntes pátrios tentam vender suas previsões
futuristas por aqui. Ocupam espaços e mais espaços nos programas
sensacionalistas de tevê. Conversam durante horas e arriscam uma ou
duas previsões. Revendo alguns destes vídeos, vejo que o Brasil é
Campeão Mundial de 2018 para alguns deles; a Alemanha para outros
tantos, Neymar foi o cara da Copa ou saiu gravemente machucado para
outros. Também vejo que as eleições já estão definidas. Álvaro
Dias é o presidente. É o preferido dos videntes. E, para alguns, o
segundo turno será entre Ciro Gomes e o vencedor paranaense.
Confesso que, talvez incentivado pelas viagens de Marty Mcfly, já
tive muita vontade de viajar para lá e para cá. Acertar umas coisas
aqui, dar uma bisbilhotada acolá. Mas, sendo sincero, acho que isso
não resolve muita coisa. As realidades vãos mudando, as histórias
vão se ajeitando aos poucos conforme as escolhas que as pessoas vão
fazendo no caminho. Assim, o futuro está sendo construído aos
poucos. É uma meta. Não uma certeza.
Quem será o presidente? Sei lá. Desconfio que será um dos que
chegar ao segundo turno. Aliás, tenho certeza que será um deles. A
menos que ocorra alguma alteração significativa. Sabe-se lá!
Nestes tempos, aviões e helicópteros podem cair, órgãos adoecem,
pessoas morrem. Vai saber...
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