Monte Olimpo - representação de Zeus na Grécia Antiga |
Os maçons chamam-no de Grande Arquiteto do Universo. Os indígenas
de o Grande Espírito. Os judeus são proibidos de dizer Seu nome. O
Inominado é, então, substituído pela expressão Adonai, que
significa Senhor. Alá é o deus dos Árabes. Há vários títulos
também atribuídos ao Criador dos mundos, do tempo e de tudo o que
há, o que haverá e o que houve. Elohim, Elohá, El Shadday,
Yhwh/Yahweh/Jeová são algumas das designações religiosas para o
Criador poderoso e forte.
Já Xuxa Meneghel, há algumas décadas, preferia tratá-Lo como o
Cara lá de Cima. Isso fez com que ela permanecesse no centro de
algumas teorias conspiratórias enquanto fez sucesso. Tratar a
divindade desta forma tão íntima e desleixada, tão desrespeitosa e
arrogante, revelava que a loira tinha selado um pacto com o inimigo.
Esse pacto, segundo as teorias mais malucas, faria com que ela fosse
impedida de todas as formas de tratar a divindade como deveria. Caso
ela claudicasse, perderia todo o sucesso e a dinheirama que amealhou
ao longo de sua carreira exitosa. O Capeta estaria por trás de tudo
isso. Só ele poderia garantir que uma artista que não sabia cantar
fizesse tanto sucesso como cantora, que não sabia atuar fizesse
tantos filmes.
Pensando bem: atento hoje ao panorama musical pode-se dizer que
talvez o tinhoso tenha realmente todo esse poder. As rádios tocam
cada coisinha que “Deus me livre”.
Os orientais são meio xuxas também. Não acreditam no Deus do
Ocidente: um homem vigoroso, forte, cheio de sentimentos e emoções,
capaz de cobrar de maneira muito forte a obediência e a retidão de
todos, sob pena de castigos cruéis e, muitas vezes, eternos.
Preferem, os orientais, trabalhar o corpo e a alma na busca de uma
sintonia que proporcione a ascensão.
Os taoístas, por exemplo, apresentam a força criadora como uma
grande consciência cósmica, que mantém o funcionamento do Universo
com lei perfeitas. Todos os seres têm sua consciência própria e,
dependendo de seus atos e pensamentos, podem ascender e se fundir com
esta grande consciência imaterial, atingindo a perfeição. O Tao é
o caminho não um deus.
Por aqui, nesta terra onde os dogmas crescem de valor e o pensamento
diversificado tende a ser combatido pelo exército da fé, a
preferência recai sobre a divindade que elege pessoas, que designa
este ou aquele como os seres que merecem os louros do presente e as
graças do futuro. Esse deus contraria tudo o que se pode pensar em
termos de justiça e de perfeição. Talvez faça bem para o seu povo
sentir-se agraciado e salvo. Porém, filosoficamente falando, há
algo que não combina nesta equação: se Ele é justo e bom, se é
perfeito e tudo sabe, inclusive sobre as imperfeições dos seres,
que necessidade é essa que Ele teria de punir este ou aquele? De
agraciar este ou aquele?
Mas, tudo isso, é ato de fé. Ou se crê ou não se cria. Pensar
racionalmente sobre isso é, para muitos, esforço inútil. Afinal,
as coisas não se resolverão. Os mistérios continuarão sendo
mistérios e o homem vai continuar caminhando carregando seus medos e
fazendo as suas concessões até para coisas que, no fundo, não
fazem nenhum sentido.
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