A última semana foi marcada pela dramaticidade. Dunga foi a figura central de norte a sul deste Brasil varonil. Tão logo anunciada sua lista dos 23 gladiadores que defenderão o selecionado canarinho nas arenas da África do Sul, centenas de comunidades foram criadas na internet, bate-papos se encheram de expressões chulas, sempre com o objetivo de destacar a insensatez, a torpeza e a desfaçatez do comandante da seleção nacional.
Os mais exaltados propunham a incineração do capitão da nau verde e amarela. Sob o mantra “sem Neymar é impossível ganhar”, “sem ganso não haverá avanço”, a turma protestou pesado. Não adiantaram as explicações do comandante que falou sobre comprometimento, doação, atitude patriótica e outros quesitos, aliás, bem fora de moda nos dias de hoje. O drama se arrasta de tal forma que já há inúmeras correntes de torcedores e jornalistas torcendo para que a seleção naufrague de maneira espetaculosa para, depois do barco soberanamente submerso, dizer: “eu não disse, faltou o talento do Neymar, do Ganso”.