Costume é costume. Inevitável, mesmo para os céticos de toda a ordem, que sejam formuladas listas e mais listas de boas intenções para o ano vindouro. Alguns dos itens são arroz de festa, outros nem tanto. Encontrar um tempo para praticar uma atividade esportiva, aderir a uma causa nobre, economizar, nem que seja alguns trocados por mês, assumir um humor diferente, comprar um carro, pode até ser um usadinho, em bom estado, evidentemente.
O certo é que ninguém escapa da tentação de planejar algumas coisas para o ano que vem. O fechamento de um ciclo e a abertura de um novo nos impulsiona, nos dá coragem para realizar um balanço de nossas vidas. E isto, convenhamos, é muito bom. Raramente temos momentos de análise verdadeira sobre o caminho que estamos trilhando. Poucas são as oportunidades que se apresentam mais adequadas para planejar mudanças. Mais raros, ainda, os momentos em que paramos e chegamos à conclusão de que há mudanças por fazer.
Sabemos da mesma forma que muitos destes planos ficarão na esfera do ideal.
Contagem regressiva ao ritmo do Faustão ou de outro global qualquer. Meia-noite. Risos, abraços. Longe alguns foguetes. Abandonaremos a ceia. Costela de porco, que fuça para frente, lentilha, farofa e frutas da estação. Passearemos, quem sabe, pelas casas dos vizinhos mais próximos. Celular tocando. Mensagem de longe. Gente que nos quer bem e nos deseja feliz ano novo. Que a felicidade te acompanhe agora e sempre. Saúde e paz que o resto a gente faz. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender. Estouraremos um espumante, celebraremos com nossos familiares, brincaremos. A vida é leve. Amanhã será um novo dia. Vale até correr à beira da praia, de branco e pular sete ondas. A noite passa rapidamente. Dispara como um animal selvagem pelo campo. Chegará o dia 2 e depois o 3. E assim se seguirão outros dias. Quem dera permaneçam dentro de nós a vontade de rir, de brincar e de ser feliz. Quem dera continuemos desejando paz e tranquilidade a nossos familiares, nossos amigos, nossos desafetos e até aos desconhecidos, inclusive aqueles que abraçamos e com quem brindamos na passagem do ano.
Que esta magia possa se repetir nos dias que se seguem. Dias mais leves, mais tranquilos. Homens e mulheres melhores, mais solidários. É um desejo. É um sonho. E sonhar, como tão bem sabemos, não custa nada.
Raro prazer
Colaborar com o Jornal Bons Ventos tem se constituído, pelo menos para mim, um raro prazer. São tantas as manifestações de amigos, valorosos amigos, que acompanham semanalmente esta coluna. Às vezes, bem sei, nosso diálogo não se completa. O colunista não atinge sempre seu objetivo. É normal. É assim no nosso dia a dia. Por vezes acertamos na mão, colocamos o tempero correto e a receita sai como o esperado. Outras vezes o pão fica abatumado. O fermento estava vencido ou faltou algum ingrediente essencial. Ou, ainda, perícia na execução.
De qualquer forma, sempre é um prazer chegar ao Supermercado Dalpiaz da Costa Gama e receber mais um exemplar do Bons Ventos. Foi assim em 2009 e em 2010. Um bom 2011 para todos!
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