Os tempos são outros. As pessoas
são outras. As diversões são da mesma forma, outras. Mas, os dramas se repetem.
As preocupações de pais e de mães são os mesmos de 20, 30, 50 anos atrás. Lá no
passado, meio distante é verdade, tudo o que era novo representava a falência
do indivíduo e da família. Foi assim quando surgiu o rock and roll, nos anos
50,nos EUA. A música alta, frenética, punha corpos de jovens a dançar
loucamente. Meninos e meninas saíam do sério. O ritmo demoníaco mostrava que o
mundo chegava ao seu fim.
A
televisão foi outra que chegou causando certo furor. No começo, porém, era
programa de família. O pai ligava o aparelho no começo da noite. Naqueles
tempos, ligar o botão e selecionar um canal para assistir um ou outro programa
era um acontecimento. A presença do chefe da casa era o reconhecimento
explícito de que ver tevê era coisa séria. Os pequenos não eram autorizados nem
a pensar na ousada iniciativa de ligar o aparelho fora do horário estabelecido.