18/07/2012

Candidatos na rede

 A rede social é um instrumento de manifestação. Portanto, não há uniformidade. Imprescindível bom-senso e tolerância. Como todo mundo ganhou voz e vez, somos fadados a conviver num ambiente que reúne  algumas boas coisas e muitas insanidades. Não é incomum que grupos, que são formados a partir de boas intenções, implodam. As regras de boa convivência, de respeito e de bom-senso nem sempre são observadas. 
Agora nota-se uma ferocidade ímpar em relação à campanha eleitoral. Ora, somente os ingênuos imaginavam que as redes sociais seriam zonas livres e que os candidatos, ávidos por espaços, não colocariam seus santinhos no seus murais. Somente os mais ingênuos ainda imaginam que eles, os candidatos, terão a grandeza de respeitar os espaços privados (como se alguma privacidade fosse possível na internet). Não estranhe se eles começarem a encher nossos murais com suas carinhas. Se isso ocorrer será apenas uma demonstração de mau uso, de falta de respeito.
 
Os políticos tupiniquins não inventaram nada. Foi o poderoso Obama quem usou pela primeira vez as redes sociais para divulgar suas propostas. E não faz muito tempo. Se o Obama pode o Zé das Couves, candidato a vereador, também pode! E, cá entre nós, até que as imagens são bem divertidas. Conheço um candidato que passou por uma verdadeira transformação. Não fez plástica nem nada. Valeu´se dos benefícios do mundo virtual. Tal qual as atrizes e modelos que perrdem gordurinhas, ajeitam a silhueta, extirpam as indesejáveis marcas do tempo em seus rostos, sempre reluzentes e joviais. Sua imagem foi tão manipulada que o santinho não se parece com o indivíduo. Ainda bem que embaixo tem o seu nome. Não tivesse e seria difícil reconhecê-lo.
E assim vai. Três ou quatro bandeiras juntas viram multidão. A impressão que dá é que toda a cidade está ferrenhamente dividida. Ainda não! A praça ainda é grande demais. Não foi tomada pela emplogação dos soldados, cabos e tenentes eleitorais. Militantes ou trabalhadores da campanha ainda estão aquecendo as turbinas. Chegará o tempo em que o clima esquentará. O ânimos também. Se o nervosismo chegar à rede (e vai chegar) então será hora da diversão ou de banir aqueles “amigos” virtuais que não souberem respeitar o ambiente. 
Simples como trocar de canal. A arma de quem não quer algum assunto na rede é ignorar. Ninguém é obrigado a ler manifestos que não interessam. Não há porque censurar. A liberdade é a tônica da comunicação virtual nas redes. Ali estão lado a lado colorados e gremistas, flamenguistas e vascaínos, “curintianos” e palmeirenses, ateus e cristãos, materialistas e espiritualistas. Meter a mão na cambuca alheia é certo que causará tumulto. Alguns adoram um perrengue e vão chafurdando aqui e ali. Não se seguram e saem pregando suas convicções com a nobre missão de  converter os outros. Não conseguirão. 
Apesar dos infortúnios e eventuais problemas, considero as redes sociais legítimas para a difusção das ideias políticas. Sem radicalismos. Sem xingamentos e baixarias. Cá entre nós, acho que já estou  estou exagerando nas minhas exigências. Ou não?

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