29/10/2015

Situações Extremas

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Os madeireiros cortam árvores na Sibéria. 10, 20, 30, 40 graus abaixo de zero.  Os pinus caem levantando neve para todos os lados. Trabalham duro. Não suam. Banho nem pensar. Um especialista adora percorrer pântanos atrás de jacarés. Outro, tenta fazer contato com leões em plena África. Uma dupla de especialistas viaja pelas florestas, pelos desertos e outros rincões mostrando técnicas de sobrevivência. Já sei bem: prioridade é a água, o fogo e capturar animais, pois proteína é fundamental nestes casos.
No Alasca, a briga é para ver quem levanta o maior dos atuns. Eu, na minha santa ignorância, imaginava que atum era um peixinho. Uma titiquinha de nada que depois de limpo era acondicionado numa latinha minúscula vendida no mercado entre R$ 3,50 e R$ 6,50. Para minha surpresa, recentemente fiquei sabendo que os atuns azuis pesam 180, 200, 250 quilos. São animais de 1,80 a 2,50 metros. Alguns, dependendo do teor de gordura e da qualidade da carne, podem valer até 45 dólares o quilo. Ou seja, um peixinho insignificante pode valer algo em torno de 5 mil dólares. Claro que a pesca é controlada. Há períodos e zonas estabelecidas e controle governamental. Apesar disso, nas águas geladas uma verdadeira guerra acontece para jogar linhas e capturar os monstrinhos.

28/10/2015

Fim de Tarde

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No final da tarde, quando o sol se escondia e a escuridão da noite ameaçava tomar conta, a vovó, colocada providencialmente perto de uma janela aberta por onde entrava um ventinho que empurrava a cortina branca para lá e para cá, dizia para seus netinhos, do alto de suas décadas de existência: “a vida dá voltas e voltas e nada acontece por acaso neste vasto reino que se move lentamente”. Não havia porque ter medo. Porque o medo afasta o indivíduo do seu caminho. Ele torna a vida mais difícil. Ele é capaz de mudar as cores das coisas mais belas. Ele mostra perigo onde não há.   Ele inibe e impede o avanço.

E distribuía regularmente tantas mensagens no meio de histórias tão simples para aqueles olhinhos atentos. Os dias passavam com certa tranquilidade. A noite, então, era lenta. Parecia que não acabava  mais. Não havia tevê ali. Só um rádio antigo que captava mais chiado do que a voz, do que a música. Raramente era ligado para poupar luz.

19/10/2015

Fagulhas

O fogo que consome uma mata inteira pode ter como marco inicial uma simples fagulha. Um insistente raio de sol no mato seco, uma bagana de cigarro ou um estímulo outro qualquer podem iniciar um incêndio sem proporções. Consumir árvores, desalojar pássaros de seus ninhos, matar animais desatentos e organismos indefesos.  Basta que haja um ambiente propício. Calor, vegetação seca, falta de umidade. É o que se chama de causa primitiva.
Na natureza há sempre uma causa primitiva. Na vida dos homens não é diferente. Difícil é determinar qual delas dá início a uma determinada série de acontecimentos. Lembrei-me disso ao rever a história de um jogador de futebol agraciado pelo talento, pela determinação e envolto em acontecimentos que o levara à glória, mesmo tendo momentos de dissabores.