29/12/2018

Ser feliz é o que se quer


O foco da existência humana deveria ser a construção da felicidade. Não é. A educação formal, por exemplo, tende a se expandir na busca da construção de uma carreira rentável que proporcione uma boa renda para a aquisição de bens. Dinheiro, imóveis, conforto, viagens, boas roupas, uma boa imagem são os ideais de vida, na atualidade. O ideal de vida meio que se confunde com o status de felicidade ostentado nas redes sociais. Ao mesmo tempo que se expande para um lado, o processo educacional se restringe por outro: bem-estar, satisfação, construção de um caminho mais livre e, até certo ponto, despreocupado com os bens materiais e o culto à imagem perdem espaço cada vez mais.
A educação tende a correr cada vez mais em direção ao mercado. Formar profissionais que possam construir carreiras de sucesso é a norma. A competição começa cedo. A busca pelos melhores não poupa ninguém. Algumas décadas depois da implantação deste tipo de filosofia, que prega a luta desenfreada pela vitória profissional, pela carreira que dá visibilidade, status e grana, ocorre uma tímida retração. Ocorre que o mercado está saturado de profissionais competentes e infelizes. Gente que faz o que pensou que era o correto e abandonou seus talentos e seus sonhos porque estavam ligados a coisas que não davam dinheiro.

20/12/2018

A força das palavras

"Diante do resultado atingido no experimento, além de tudo o que se conhece sobre os efeitos da força impulsionadora da linguagem no contexto humano, pode-se afirmar que as palavras repetidas como mantras carregam energia capaz de contribuir para a construção de realidades".


As palavras carregam algum peso. Algumas expressões mais do que outras são marcantes pela carga que expressam. O que num momento primeiro pode parecer um ajuntamento de letras, na verdade, é um veículo condutor de energia. Não é blá-blá-blá, não! Há estudos empíricos ou nem tão empíricos assim que demonstram a força emanada pelas palavras. De algum modo, pode-se afirmar que a expressão linguística se não é por si só determinante, ao menos pode influenciar no resultado conquistado.

15/12/2018

A Magia

 "O ilusionista é o artista que encobre a realidade visível entregando uma outra realidade a quem se permite ver. Artistas criam. Iludem quando podem. O indivíduo que descubra, que desvende. O mistério desfeito perde a graça. O encanto se afasta".

O universo é mágico. Ou, pelo menos, deve ser. Restam incertezas a seu respeito, eis que é um gigante desconhecido. Conhecidas são algumas das leis que o regem. Outras, no entanto, ainda carecem de descoberta. Porém, uma coisa é certa: ele se expande sem parar. Ao menos é o que dizem os cientistas. Assim, se cresce ininterruptamente, pode-se crer que essa imensidão, que se convencionou chamar de universo, é um ser vivo que está se criando aos poucos. Dedução lógica. Mas, a lógica nem sempre prevalece. Não há palavra definitiva sobre isso. Então, especular é possível.

05/12/2018

As certezas. As dúvidas. A relatividade

 "Neste novo contexto, os certos e os errados vão sendo amenizados. Nas boas conversas não mais são admitidas teses onde a certeza reside na bipolaridade."


Tinha mais certezas do que idade. Era adolescente, mas carregava uma carga imensurável de certos e de errados. Dúvidas eram poucas. Pelo menos era o que acreditava. O tempo, no entanto, vai passando e com ele as coisas vão se modificando aos poucos. A vida avança, as experiências vão chegando, as opções sendo feitas, os caminhos construídos e as certezas vão sendo desfeitas. Um engano aqui outro erro lá, uns acertos neste setor e outros no lado de lá. Com o andar da carroça misturam-se os certos e os errados de tal forma que pode chegar uma hora em que o embaralhamento transfigure tudo.
Bem se sabe hoje que a Teoria da Relatividade, descoberta pelo físico alemão Albert Einstein, considerada a grande mente do século XX, incide não só na Física. Deixando a complexidade de lado, resumidamente pode se dizer que a Teoria da Relatividade afirma que o tempo não é igual para todos, podendo variar de acordo com a velocidade, a gravidade e o espaço. A relatividade saiu das garras da Física e se influenciou outros ramos de conhecimento. Não há, por exemplo, como se conceber hoje um pensamento que não preveja certo grau de variação, de concessão e de alternatividade justamente pela “relatividade das coisas”.