29/01/2014

Os 40 anos do Homem de Seis Milhões de Dólares



O ano de 2014 marca os 40 anos de lançamento (nos EUA) da série Cyborg- O Homem de Seis Milhões de Dólares. Estrelado pelo ator Lee Majors, a série televisiva foi inspirada no livro "Cyborg" de Martin Caidin. Na série, o astronauta Steve Austin sofreu um acidente em um vôo experimental de uma nave da NASA. Para trazê-lo de volta a vida, o cientista Oscar Goldman financiou uma operação que substituiu as partes avariadas de seu corpo por partes biônicas, gerando uma criatura mais rápida e mais forte.
A série estreou no Brasil em 1976, na extinta Tevê Tupi. Depois integrou a grade da Bandeirantes e mais tarde, nos anos 80, da Globo.
A série teve boa audiência. Na terceira temporada, Steve Austin ganhou uma parceira também biônica: Jaime Sommers, interpretada pela atriz Lindsay Wagner.
Vez por outra surgem informações de que a série terá remake. Porém, até o momento nenhuma iniciativa neste sentido foi tomada.

Veja a abertura no vídeo abaixo.



Saiba mais:

27/01/2014

Mínimas coisas

Minha atenta professora de Português alertava: “jamais comece uma redação pelo título”. O título é o detalhe final. Pois bem, via de regra me vejo contrariando esta norma, sem grandes preocupações. Ao iniciar a feitura de uma crônica, frequentemente mando para o espaço a regra  ditada pela  zelosa mestra,  iniciando  justamente por onde não deveria, pelo título. Um pequeno detalhe. Uma coisa mínima. Quase insignificante.
Aliás, se pensarmos bem, não é impossível concluir que a vida cotidiana até poderia ser considerada uma sequência de fatos poucos interessantes. Um amontoado de coisas comuns com poucas pitadas de sal e de açúcar. Pelo menos a vida dos simples mortais como nós, estes privilegiados seres que trabalham para pagar as contas, para garantir algum conforto e as satisfações possíveis conforme o orçamento de cada um. Vivemos sem grandes feitos, sem heroísmos, sem grandes holofotes.

10/01/2014

Um funk aos antepassados

Fac-símile de pintura rupestre
A moça caminha lentamente. Leva em uma das mãos um par de chinelos. O tio joga bola com o sobrinho. Apesar da imensa barriga, que o limita em alguns movimentos, mostra que um dia teve alguma intimidade com a pelota. Alguns argentinos caminham, fumam e falam alto. A água, gelada e clara, encosta na areia banca e quente. Dois salva-vidas remanejam as bandeiras de área perigosa, apitando para que os meninos saiam das proximidades.
Na subida do morro, uma placa indica que a partir de agora os visitantes conhecerão as marcas deixadas pelos antigos moradores da ilha. Não se sabe ao certo se eram evocações às divindades, algum agrado aos deuses, um pedido de, ou, ainda, uma mensagem deixada para as futuras gerações. Certo, porém, é que as pedras do Sítio Arqueológico da Praia do Santinho, em Ingleses- SC ainda hoje guardam os desenhos de símbolos feitos por homens que ali viveram há mais de sete mil anos atrás.

02/01/2014

Versos tristes

A tristeza, a solidão, a angústia e o abandono são temas de belas músicas. O sofrimento é um ângulo dos mais utilizados pelos compositores, que preferem contrariar a máxima de que todos gostam de um final feliz, como no cinema e nos romances. Nas canções o final nem sempre é de reconciliação, de encontro e de felicidade.
Roberto e Erasmo Carlos, cuja parceria vem desde os anos 60, talvez tenham cunhado os versos mais tristes que a MPB conheceu, na canção As Flores do Jardim da Nossa Casa. Lançada em 1969, a música aborda um final de romance dos mais depressivos. Seu ritmo lento e enfadonho vai envolvendo o ouvinte em ondas de total desilusão diante da vida. “As nuvens brancas se escureceram. E o nosso céu azul se transformou. O vento carregou todas as flores. E em nós a tempestade desabou”. Isso num tempo em que os ventos da Jovem Guarda ainda espalhavam certa leveza e graça.