06/04/2017

O Futuro

Em regra, a ficção científica apresenta um futuro sombrio para a humanidade. Nosso planeta passará por uma séria fase de desatinos até que a vida por aqui se torne insuportável. A humanidade, então, tratará de criar alguma forma de garantir que meia dúzia de seres sobreviva à hecatombe. Esse minúsculo grupo sairá por aí tentando reconstituir tudo o que foi destruído pelo desatino da grande maioria ou, ainda, pela insensatez de algum poderoso líder, movido pela ganância, que comprometeu a existência humana.
O grande problema para os remanescentes será viver entre os escombros ou em alguma estação espacial. Se ficarem por aqui, certamente enfrentarão a radiação que infectará os recursos naturais. Se, por outro lado, ficarem orbitando em algum ponto do espaço, é mais do que certo que precisarão de um porto seguro.
É mais do que certo, porém, que o futuro não acontece sem um motivo antecedente. O dia de amanhã não se concretizará sem o dia de hoje. E, seguindo as previsões dos escritores e roteiristas de ficção, nada leva a crer que o homem está construindo um paraíso na Terra. Pelo contrário, aparentemente estamos marchando  com alguma pressa para a concretização da ficção.
Claro que esta é apenas uma das visões possíveis. Pouco poética, é verdade. Mas, sem dúvidas, seguindo os passos atuais, os dias que virão não levarão o homem ao paraíso.
No entanto, restam caminhos outros a serem seguidos. Rotas que poderão ser alteradas individualmente. Há aqueles que juram que a realidade vivenciada é individual. Assim, cada ser percebe algo conforme sua capacidade de julgamento. Juntam-se, vez por outra, intrincados conceitos de Física Quântica e de espiritualidade para demonstrar que a realidade é uma questão de visão. 
Sei que essa é uma questão densa. É muito mais fé do que ciência, dizem os cientistas puros, sempre baseados e atentos aos princípios matemáticos e imutáveis das equações que explicam as leis físicas. Tudo está sempre certo, dizem os místicos, lembrando as limitações da percepção quando a questão está relacionada à sutileza.

Fatalmente haverá um dia em que físicos tradicionais, quânticos, místicos, religiosos e ateus serão colocados à prova: “Então é pra isto que estamos aqui!?”, afirmarão. Por enquanto, cada um tem a sua razão. Tudo se resolverá no futuro. Isso se nos permitirmos chegar até lá.

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