29/07/2011

A linguagem dos anos 80

Cine Labor
Cada período tem uma linguagem que o identifica. Se hoje fizermos um exercício de memória certamente nos surpreenderemos com a quantidade de expressões que caíram em desuso, seja pela evolução natural ou pela perda de certos  referenciais. O cenário  político, os acontecimentos da época, as preferências de cada um, a região onde se vivia, os colégios que frequentávamos influenciavam diretamente na nossa linguagem. Vamos relembrar algumas das expressões mais comuns na década de 80, aqui por Osório e região, e que hoje talvez não façam muito sentido, especialmente para os mais jovens.

12/07/2011

Hora do cafezinho

As lendas são contos fantásticos, que explicam o surgimento das coisas. Há lendas para tudo. Aqui no Brasil há lendas que explicam o aparecimento da mandioca, do açaí, do guaraná, todas elas de origem indígena. Em todas há um ponto em comum: o sofrimento de alguém numa tribo deu origem a um fruto que se tornou importante para os índios. O produto mais apreciado pelos brasileiros na atualidade, no entanto, escapa a este padrão.
O apreciado café, cujo surgimento real ninguém ousa datar, teve sua origem lendária bem longe daqui. Conta-se que na Etiópia, há mais de mil anos, o pastor Kaldi notou que suas cabras aparentavam contar com energias renovadas após consumir uma fruta amarelo-avermelhadas de uns arbustos que nasceram por acaso em seu campo. Resolveu narrar a história um monge, que  apanhou um pouco das frutas e levou consigo até o monastério. Após usar os frutos na forma de infusão, percebeu que a bebida o ajudava a resistir ao sono enquanto orava ou em suas longas horas de leitura do breviário. A descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yemen.

06/07/2011

Moral da história

Esopo
(Diego Velásquez)
Hoje, na velocidade em que o mundo das comunicações se movimenta, pode parecer impossível que a tradição oral tenha sido a responsável pela difusão de algumas ideias tidas como grandes verdades que nos chegam até os dias atuais. E o mais incrível, ainda, é que três grandes responsáveis por isso podem nem mesmo terem existido.
Assim, o Grande Sócrates não passaria de um personagem criado pelo filósofo grego Platão. Da mesma forma o sábio chinês Lao-Tsé, guardião da biblioteca do império, que teria ditado os versos que originaram o Tao-Te-Ching, base do Taoísmo, também seria um mito. Outro nome respeitado,criador do gênero da fábula, o escravo corcunda e desengonçado grego Esopo também é acusado de não-existência. Não obstante as diferenças que os separam, uma característica ao menos os une: suas ideias foram transmitidas oralmente. Suas palavras foram gravadas anos depois por discípulos, pensadores e pesquisadores.