03/06/2018

Os Candidatos


As campanhas eleitorais não estão nas ruas. Há candidatos que ainda vão desistir da maratona. Analisarão o tempo de exposição na televisão, os números colhidos nas pesquisas de opinião pública, a rejeição entre os eleitores e a viabilidade de ajudarem na constituição de bancadas regionais no Congresso, entre outras coisas. Sem contar nas costuras com partidos que, oportunamente, jogarão no lixo seus programas (se é que os têm) por uma promessa de cargos e de arranjos outros tão comuns na vida política brasileira há algum tempo.

Apesar disso, os times estão trabalhando. Senhoras e senhores craques na construção de personagens mais aceitáveis aos olhos, aos ouvidos e aos dedos dos eleitores encontram-se neste exato momento estudando estratégias para tornar o candidato em um ser apresentável e com reais chances de chegar à vitória. Terão pouco tempo para impor mudanças no gestual, na linguagem e na postura dos candidatos. Ainda comporão um exército virtual fortemente armado para bater palmas para o seu santo enquanto detona o santo dos outros. Maledicência, boatos, xingamentos, coisas comuns desde sempre, ganham uma força extra com as conexões virtuais russas que bombam candidatos e influenciam sobremaneira no processo eleitoral. Foi assim com Trump. Certamente será assim também por aqui.
Pela força do marketing, candidato ditador vira democrata, falastrão vira intelectual e preconceituoso vira gente nossa. A eleição será um Gre-Nal, um Fla-Flu. O bem contra ao mal, Deus contra o diabo. Quem poderá nos salvar?
Eleição já foi festa democrática. Pelo andar da carruagem poderá ser uma tortura. Oremos!

Camisa amarela- Dentro de alguns dias, a bola rola nos gramados russos. Copa do Mundo: mais uma. A camisa amarela, que serviu de uniforme para aqueles que acabaram com a corrupção no Brasil, terá, com certeza, menos torcida por aqui. A pátria de chuteiras foi para o beleléu. Sobrará o espetáculo futebolístico. Esse, despido dos acordos, das falcatruas dos dirigentes e da corrupção que está em todos os setores, pode garantir algum engajamento. Como o show não pode parar: bola para frente, de preferência no ataque porque jogar na defesa é para os fracos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário