26/01/2011

A imortalidade do Fantasma

Fantasma, criação de Lee Falk

Não tinha como adquirir revistas em quadrinhos, naqueles anos 70. Duas opções restavam: passar na Miscelânia, um sebo de propriedade do Mick, onde furtivamente folheava os gibis enquanto tentava disfarçar dúvida na escolha do produto, que nunca seria comprado, ou, ainda, herdar de alguém revistas antigas.  Em algumas casas era costume descartar os gibis antigos colocados estrategicamente perto da calçada. Uma das casas onde se juntavam preciosidades era a do ex-prefeito e deputado Romildo Bolzan. Mais de uma vez meus olhos brilharam diante de preciosidades como Tio Patinhas, Recruta Zero e O Fantasma ali na calçada ao meu alcance.  
Foi neste tempo que entrei em contato com a questão da imortalidade. Não foram longos estudos filosóficos, nem debates religiosos. Com pouco mais de 10 anos, o tema me apareceu justamente através das histórias em quadrinhos. O personagem Fantasma, o Espírito que Anda, criado por Lee Falk - também criador do mágico Mandrake-, completa 70 anos de atividade, promovendo a justiça na selva africana. 

O Fantasma imortal é Kit Walker, vingador das selvas, que um dia, sobre o cadáver de seu pai, que fora assassinado, jurou dedicar todas as suas forças contra a ganância e a injustiça. Para os moradores das selvas somente um Fantasma existe. No entanto, há mais de 500 anos os descendentes de Walker assumem o papel do herói, após receberem o anel da caveira.  
Também fazem parte da história a jovem Diana Palmer, que deixa a vida social na cidade e se apaixona pelo justiceiro. Capeto é o lobo treinado pelo Fantasma e Herói seu cavalo branco. Walker e Diana casam-se e têm gêmeos, Kit e Eloise. Kit, seguindo a tradição, será o 21º da linhagem do Fantasma e substituirá seu pai, no futuro.
O Fantasma foi adaptado para o cinema em 1996, sob a direção de Simon Wincer. Contando no elenco com Billy Zane, como o personagem principal, Kristy Swanson, como Diana Palmer, além de Catherine Zeta-Jones, como Sala. A película obteve relativo sucesso. Um resultado indigno para um herói tão interessante. 

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