Não é nenhuma novidade que os tempos são outros. Nas duas décadas que se passaram a Terra cresceu em informação. O mundo todo em só clique. Liberdade de informação a todos, indistintamente. “Dê-me um mouse e eu desbravarei o mundo”, diria hoje com razão o matemático Arquimedes. Imaginava-se que, diante desta tal liberdade, os costumes mais arraigados e menos construtivos sofreriam um grande baque.
Que nada! Não obstante o acesso e o amplo domínio da linguagem das mídias pós-modernas pela meninada resiste ainda entre estes mesmos jovens o ranço do preconceito. Não há coisa mais antiquada do que discriminar o outro. Cenas execráveis as protagonizadas pelos meninos e meninas que de celulares em punho acompanham a selvageria cometida por grupos contra colegas. Vez por outra os lamentáveis espetáculos produzidos nos corredores de escolas ou na saída das aulas tornam-se virais nas redes sociais. O que se vê? Jovens de tenra idade saciando sua sede. A violência estudantil, que não é coisa de hoje, é a reprodução do mundo intolerante que vivemos.